"Você me bagunça" Você me bagunça e tumultua tudo em mim Essa moça ousa, é musa e abusa de todo meu sim Você me bagunça e tumultua tudo em mim E ainda joga baixo, eu acho, nem sei Só sei que foi assim Assimila, dissimula, afronta, apronta Diz: "Carrega-me nos abraços" Lapida-me a pedra bruta, insulta Assalta-me os textos, os traços Me desapropria o rumo, o prumo Juro, me padeço com você Me desassossega, rega a alma Roga a calma em minha travessia Outro "porquê" Parece que o coração carece e diz: "Para!" silencia Se embrulha e se embaralha Reconsiderar o ar, o andar Nossa absolvição, a escuta e a fala Nos amorizar o dia, a pia, o corredor A calçada, o passeio e a sala Se perder sem se podar e se importar comigo Aprender você sem te prender comigo Difícil precisar quanto preciso Difícil precisar quanto preciso

O Teatro MágicoA sociedade do espetáculoVocê me bagunça